50° dia de Quarentena - O dia

Estamos em calamidade, mas em fim-de-semana de restrições, o que me parece bem. Não era justo que o dia da Mãe fosse celebrado sem restrições definidas por lei quando o dia do Pai foi apanhado no início da emergência que nos mandou para casa. É uma questão de equilíbrio. Direitos iguais. 

São 50 dias. Vou continuando por casa. 

Parece que o Verão está a chegar. Acho que leu o meu lamento sobre mudanças de roupa e chuva no dia a seguir e decidiu voltar. De armas, bagagens e um calor daqueles que nos faz transpirar sem o chegar sentir. Às vezes, e só muito raramente, as queixinhas dão resultado. 

50 dias e sempre tanto para fazer. Em casa. Para além do trabalho.

Bichos carpinteiros, é o que tenho. E sacas de farinha para simplicar oa abastecimentos. Já tenho dois a levedar. O vício de adiantar marmitas para a semana não passa só porque estou fechada em casa.

Apanhei o gosto a estes dias que esticam sem ameaçar partir. Que deixam espaço para se fazer o que nos vai apetecendo. Sem stress. Sem correrias. Com todo o trabalho que havia antigamente e mais um bocadinho de calma. E isso é o mais importante.

Aos 50 dias aceito o rótulo de anti-social ou até de introvertida. A vida continua. Ganhei tempo para respirar.




Comments

  1. Tudo bem, Vânia. Mas a sensação de claustrofobia não pára de crescer!

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    1. Acredito que sim, não é uma situação fácil.
      Beijinhos

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