54° dia de Quarentena - O necessário

Estou moída que isto de fazer exercicio deixa ao corpo de rastos. Muito bem que é bom. Que faz bem ao espírito e tudo mais, mas agora estou naquela de me deixar ficar por aqui. Nem um braço mexo.

54 dias. Quase a fazer dois meses. 

Nestes dias que se colam uns nos outros sem se saber onde termina um e começa outro, os lugares comuns tornam-se verdades. Sempre foram, mas nós achávamos que não.

Precisamos de pouco. Comida na mesa. Um tecto sobre a nossa cabeça. As pessoas que amamos. Alguma roupa. Sapatos. Nada mais. Além disto, venha a saúde e acho que está tudo. 

54 dias a viver com o que se tem. 

As modas são irrelevantes. Os restaurantes são um luxo e o café em casa sabe bastante bem. Não digo que não gosto disso tudo. Digo que não preciso. Que nestes dias nada disto me fez falta. Aliás, além dos meus, nada mais me fez falta. 

54 dias em que as únicas compras foram bens essenciais. E formas de bolos porque as minhas estavam nas últimas. Não precisei de mais nada. 

"O necessário, somente o necessário. O extraordinário é demais.". Já dizia o Baloo.



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