A incerteza do pão

Já fazia pão antes desta quarentena. De vez em quando lá ia eu experimentar mais uma receita. Com fermento fresco. Com fermento seco. Deixando uma parte levedar antes. Sem amassar. Ou a amassar até ficar com os braços dormentes. 

Neste últimos dias juntei a massa mãe. No pico, sem ser alimentada. A fazer o crescento antes. Ou tudo ao mesmo tempo.

Nestas tentativas todas, há uma coisa que aprendi: o pão só faz aquilo que lhe apetece. Seja com poucos ingredientes ou numa versão mais composta. Não interessa. Ele muda com o tempo, com o calor e com a falta dele, com a água a mais e a farinha a menos. Sabedoria tinha a minha avó quando cozia e fazia isto tudo a olho. Sabedoria e força. Eu, leio uns quantos artigos e outros tantos livros e às vezes acontece como hoje.

O pão lá se fez, mas não estalou. Nem cresceu. E ficou denso lá por dentro. Olha, vivendo e aprendendo é o que é. Entretanto já tenho outro a fazer que é para não perder o embalo. Mas há uma coisa que aprendi nestes dias: é mais fácil fazer arrufadas. Bem mais fácil. Isso e pães de hambúrguer.



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