Ameixa em doce

Há a ideia que a vida no campo tem muito de vizinhos a bater à porta com um ramo de salsa, uns ovos ou até uma alface. A verdade é que tem. Não tanto quando se pensa porque a produção caseira tem limites, mas vamos tendo.

Há uns dias, foram as ameixas que bateram à porta. E se era alguidar composto. Amarelinhas e ainda com aquela cor baça dos tempos que passaram nos ramos.

Foram para o frigorifico na esperança que o tempo demorasse mais a passar por elas, mas ele lá chegou. Era muita ameixa quando só uma pessoa cá em casa é que as come. Quando já estavam assim mais para lá do que para cá, foram ao tacho. Quer dizer  primeiro foram ao forno, mas o bolo que saiu de lá deixava muito a desejar. Sendo assim, as que sobraram foram ao tacho. Sem caroço, com açúcar, um pau de canela e uma casquinha de limão. Deixei ferver. Baixei o lume e deixei a borbulhar baixinho. Até ficar espesso. Nem foi muito tempo nem pediu muito cuidado. 

E foi isto. Só isto. Depois fiquei com dois frascos de doce. Sem desperdício. E com pequeno-almoço tratado para aqueles dias em que acordo com pouco tempo (ou pouca paciência). 


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