56° dia de Quarentena - A culpa

Os fins-de-semana continuam a ser o mesmo sábado e domingo de sempre. A única diferença é que ficamos por casa, sem planos para sair. Sabemos que estamos por aqui. E gostamos disso.

56 dias sem agendas preenchidas.

Antes disto, naqueles tempos antigos, havia a ânsia de estar em todo o lado. De ver coisas, de fazer coisas. De ir a sítios. Porque se queria e havia tanto a acontecer. Agora estamos todos sossegados (ou a maioria, pelo menos) e a nossa agenda fica vazia. O local é o mesmo: casa.

Aos 56 dias é um novo descanso que se descobre.

E isso é bom. Este sossego que se encontrou. Esta paz em não fazer tudo e mais alguma coisa ao mesmo tempo. 

Continuo a acordar cedo. A trabalhar. A fazer reuniões. A treinar. Mas danço muito mais, só porque me apetece (porque dançar nunca foi o meu forte). Almoço com música e com companhia. Com comida acabada de sair do fogão. Passo os sábados e os domingos a cozinhar. A inventar. A experimentar. O que for.

Estamos nos 56 dias. Hoje, fiz croissants pela primeira vez. Comi quase todos de uma vez, sem culpa. A mínima que fosse.


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