As arrufadas

Já são mais de 70 dias. 72. Assim é que é. E é muito dia. Não que me sinta sufocada. Estou bem. Nestes dias que agora começam a aquecer e pedem moleza e tempo. O tempo rende, é o que é.

Este fim-de-semana fiz dois bolos, o primeiro desapareceu quando ainda estava morno, arrufadas e ainda me deitei ao sol a ler. O livro estava parado desde do início do ano.

Depois fiz as arrufadas. Demoraram umas doze horas entre amassar, bolear e esperar. Muito se espera nestas coisas. É bom para a paciência, para treinar a calma. E para encontrar mais umas quantas coisas para fazer nos entretantos. E para perceber que as receitas são muito bonitas, mas os tempos de cozedura e temperaturas, são à vontade do freguês. Correu bem na mesma.

Quando entrei para a faculdade, pedi um arrufada com fiambre num café. O senhor que me atendeu olhou para mim com aquele ar de "esta não está bem da cabeça" e eu voltei a insistir. O senhor continuou com a mesma reação e aquilo só se resolveu comigo a apontar para a arrufada na vitrine. Como é que podia adivinhar que em Lisboa se chamava pão de Deus?


Comments

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    1. Modéstia à parte, estas estavam muito boas e levaram menos cocô do que a receita pedia porque não tinha mais 🙂
      Beijinhos

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